domingo, 29 de março de 2015

Atlético Clube de Portugal - o fiasco chinês

O caso do Atlético Clube de Portugal é um exemplo do que não deve ser feito.

Quando o Atlético subiu, as coisas correram muito bem. João de Deus conseguiu a permanência de forma folgada. Quando ele saiu, já perto do fim da época 11/12, foi o desastre. Não houve um treinador que se aproveitasse. Em 4 épocas, houve: Paulo Pedro, António Pereira, Bruno Baltazar, Carlos Pereira, prof. Neca, Jorge Simão, Rui Nascimento e Lázaro Oliveira. Uns mais reconhecidos que outros, mas apenas um teve relativo sucesso: António Pereira.

A nível directivo, uma confusão: investidores desconhecidos (só recentemente o chinês deu a cara), onde Nelo Vingada também esteve metido, divergências públicas entre admnistradores, contas que não são públicas, ordenados em atraso. Tudo o que não deve acontecer.

Mais uma vez fica claro que a sede de poder e dinheiro no futebol falou mais alto e não se sabe para onde o Atlético caminha. Bruce Ji (alegadamente o dono), que não percebe nada do futebol português. Acusado  na imprensa de ter tiques de tirania, fica a impressão que o Atlético é o clube de que quer ser dono. Na última época, a manutenção foi conseguida de forma admnistrativa, através de um alargamento estranho, pois a subida do Boavista não deveria afectar a 2ª Liga e constituída a famosa SAD.


A falta de maturidade e experiência da sua liderança está à vista: um plantel fragmentado, com poucas referências (a única que valorizou foi Bjorn), com muitos jogadores inexperientes, sem aposta na formação, já vai para o terceiro treinador da época com as mesmas queixas dos anteriores e a equipa à beira da descida.

Quanto a Lázaro Oliveira, fez pior que Rui Nascimento. Deixou a equipa no abismo.
Uma das razões foi a saída em Janeiro do matador Bjorn que foi o único negócio que o Atlético fez esta época (aqui achamos que o chinês fez bem em vender o jogador: apesar de ser importante para equipa, ele ainda tinha pouca experiência nos campeonatos profissionais e já em Dezembro estava com a cabeça noutros clubes. Se continuasse só desvalorizaria).
Outra das razões foi a baliza. Por ressabianço, Michael Meira (guarda redes formado no Sporting e contratado em Janeiro) não era titular. Nem mesmo o ex júnior Bernardo, que até Rui Nascimento deu uma oportunidade, teve direito ao benefício da dúvida. A opção foi Labuts, que tem comprometido. É incompreensível!

O próximo treinador do Atlético já sabe  ao que vem. Vai encontrar uma equipa desmotivada, de talento irregular e sujeita a um presidente inexperiente e imaturo que pensa que mandar num clube de futebol é como mandar numa empresa da China. Por isso, depois não se queixem.

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